7.11.12

Dia XXX

I - No teste de Literatura, para além da pouca leitura, surge o problema do incumprimento das instruções. Não se trata de incompreensão, mas de desleixe.
 
II - Com metade da turma em visita de estudo, os restantes foram confrontados com a biografia do autor, de modo a procurar a presença da vida na obra. No caso, a presença da mulher no poema " A Minha Rosa".
Na nota biográfica do autor, é dito que, em 1846, Garrett conhece Rosa Montufar, Viscondessa da Luz... (Será o poema A Minha Rosa anterior ao conhecimento de Rosa Montufar?)
Por outro lado, a nota biográfica regista a vida, a obra e faz alguma referência ao romantismo (introdução)... o que permitiu atentar nos títulos, como, por exemplo, Dona Branca (1826) e Romanceiro (1843/1851)... 
E ao fazê-lo, abriu-se a porta à particularidade do Romanceiro corresponder a um projeto ideológico de fixação da oratura e da traditio, mas que teve forte influência na técnica compositiva do autor. ( Não sei por que motivo se insiste em literatura oral ou tradicional em vez de oratura!)  
O século XIX, romântico, acaba por simultaneamente valorizar os romanceiros e redescobrir os cancioneiros, tudo em nome do génio popular!
A leitura, fragmentada, da nota biográfica levou a que, sumariamente, fosse chamada a atenção para outra mulher na vida do autor - Adelaide Pastor (1837 - 1841). Dessa relação nasceu Maria Adelaide, que acabará por assombrar, por exemplo, Frei Luís de Sousa (1843) - a infeliz Maria... Tudo porque, afinal, Garrett, embora separado, ainda estaria casado com Luísa Midosi (1822)... 

Sem comentários:

Enviar um comentário