5.10.12

Ao ministro da educação falta-lhe a ciência...

Não queria, mas lá vai... acordei a pensar que, sendo este o dia em que se celebra pela última vez a instauração da república, deveria haver uma razão mais profunda... e aí percebi que a decisão de suspender o feriado nada tem a ver com o aumento da produtividade mas, sim, com o reconhecimento de que não passamos de um protetorado da popular TROIKA e deste modo não podemos continuar uma soberania virtual. E é, também, por esse motivo que o presidente da Junta Governativa decidiu estar ausente, sem falar do recato que as cerimónias irão ter! Tudo, aparentemente, em nome da austeridade.
E como, matinalmente, as palavras "crise" "austeridade", "insolvência" "cortes"... não me saem  da cabeça, dou comigo a pensar que a Junta Governativa, em vez de saquear o cidadão cumpridor, bem podia gizar um programa educativo que ajudasse os jovens e adultos a lidar com o problema que nos assola. Mas não, prefere dar bicadas no povo, na oposição e até nos membros da coligação sem descurar quem ainda mantém a torneira aberta.
Por exemplo, ao ministro da educação falta-lhe a ciência para perceber que dele se espera muito mais do que a manipulação de números e de vidas, enganando simultaneamente as finanças e as pessoas. Ainda não me apercebi que da parte do senhor Crato (este apelido lembra-me outra triste crise com o desfecho que  alguns ainda conhecerão!) tenha surgido uma recomendação clara no que respeita à educação das crianças, jovens e restantes funcionários nesta circunstância. Tudo decorre como se a crise estivesse a acontecer lá longe, quando um desafio desta natureza exige um agudo processo de consciencialização (doutrinário?) e, sobretudo, obriga à implementação de medidas que envolvam cada um na diminuição da despesa pública e privada.

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