31.5.11

Da tristeza…

Tal como Psamenita, rei do Egito, olho, não para Cambise, rei da Pérsia, porque essa “estória” há muito saiu da memória, mas para as lágrimas silenciadas das vítimas da maré de soberba e de pesporrência que não cessa de crescer, e interrogo-me se os olhos secos não são, afinal, a expressão de uma tristeza anoitecida…

Porque, na realidade,  ainda há por aí muita tristeza luminosa – olhos  que sorriem de pudor; suspiros desesperadamente castos, vozes cadentes e assassinas, mãos fugidias e rapaces, azuis e castanhos inefáveis…

E eu começo a acreditar que o humor negro só existe  nos olhos secos daqueles que, à contenda e à intriga, preferem o silêncio do caminho e a solidariedade das vítimas…

A esta hora, os candeeiros tingem de amarelo os ramos exóticos que sobre mim balançam, e os pássaros contam a estória dos reis da Pérsia e do Egito. Por mim, tudo bem! Vou ficar a ouvi-los porque eles merecem… 

27.5.11

A máquina do mundo!

O Grupo de Teatro da Escola Secundária de Camões continua a surpreender. A 3º produção da companhia oferece-nos uma bela adaptação (a 14ª? ) da obra dramática Além as estrelas são a nossa casa, de Abel Neves, (ed. Edições Cotovia, Lisboa, 2000). Em palco, registei a presença de 22 intervenientes na construção do espectáculo… Admiro-lhes a memória, por vezes a dicção, e, sobretudo, a versatilidade de alguns destes novíssimos actores, sejam eles alunos ou professores. Ali, no palco, a diferença esbate-se por inteiro, a não ser quando programa de superação de estereótipos. Por isso lhes ofereço uma borboleta de Pitões das Júnias, símbolo das metamorfoses que têm gerado novas estrelas na nossa casa, nestes dois últimos anos.

Nota: Abel Neves, Montalegre, 1956. O adolescente Abel Neves que começou a escrever aos 14 anos foi estudar para o Liceu Camões. Desde sempre apaixonado pelos livros, tinha lido A Aparição, de Vergílio Ferreira e comprara nesse ano o romance Nítido Nulo. O autor era então professor no liceu, mas Abel não era seu aluno. Um dia, munido de toda a coragem que conseguiu reunir e com o livro na mão, entrou na sala de aulas onde estava o escritor.
Queria pedir-lhe um autógrafo. "Nunca mais me esqueci do que me disse, olhando alternadamente para mim e para o livro: Quem é que te mandou cá, rapaz?". "Ninguém". Gostava muito do autor e só queria uma dedicatória. Fiquei algo desiludido quando este apenas assinou o seu nome.
http://aeiou.visao.pt/abel-neves-o-dramaturgo-poeta=f557043

26.5.11

Calamitosus…

Calamitosus est animus futuri ansius… Séneca amaldiçoava os espíritos ansiosos que se preocupavam com o futuro, e nós parece que queremos seguir-lhe a lição.

Ao futuro, dizemos não, obrigado. Preferimos, puxar cada um para seu lado, ajustar contas, procurar garimpeiros, agricultores, piratas e mercadores nos pais fundadores. E por isso subimos às árvores, despimos os casacos e choramos de encomenda. A ânsia deixou de ser do futuro para se tornar num espectáculo de harpias!

24.5.11

MENSAGEM suicida

Em 1935, Fernando Pessoa publicou MENSAGEM, obra de natureza elegíaca e profética, e distante dos sinais de que o lugar de Portugal no mundo deixara de depender da moribunda alma lusa, tal como se provou no decurso da Segunda Guerra Mundial.

Empurrado para um beco sem saída, o país do «orgulhosamente sós» tornou-se ludíbrio das potências vencedoras, num contexto de guerra fria, procurando na memória e na profecia a seiva que, durante catorze anos, criou uma nova diáspora e lançou nos braços da morte populações anestesiadas por tiranetes autistas e/ou servidores de outras ideologias imperialistas…

A cegueira que nos impediu e impede de enxergar as nossas limitações, que nos permitiu trocar as actividades produtivas por dinheiro fácil, que continua a alimentar o imaginário dos nossos adolescentes – pela enésima vez, estão a ser preparados para, num exame nacional de Português, interpretar de forma acrítica um poema de MENSAGEM ou de OS LUSÍADAS, ou para, em oitenta palavras (?) comentar, de forma jesuítica, uma qualquer exaltação da “nova pátria”…

Tudo muda, mas as nossas velhas âncoras continuam as mesmas. E isso é suicídio!

/MCG

22.5.11

Desertos interiores…

A aplicação da regra mínima dos 10 mil habitantes por município faria ‘desaparecer’ um em cada três concelhos em Portugal. No Alentejo só manteriam a sua identidade quatro municípios.
Do que é que estamos à espera? Se o objectivo é reduzir os custos do poder central e local, a reorganização autárquica é um bom caminho para acabar com o caciquismo político que se instalou nas últimas décadas. Sobre o assunto, os partidos não dizem nada e preferem distrair-nos com a redução dos feriados e dias santos…
O que se compreende, pois se reduzíssemos significativamente o número de autarcas e, consequentemente, a administração local, tornar-se-ia obrigatório reduzir a administração central…
Apesar dos avisos da TROIKA, continuamos a fazer de conta! O melhor é preparar-mo-nos para o debate sobre a identidade dos desertos interiores.

21.5.11

Um país injusto…



Número de pensões douradas do Estado aumenta 400% na década. (DN, 21 Maio 2011)

Será verdade que, em contrapartida, o número de reformados que recebe a pensão mínima, entre 250 e 500 €, diminuiu 26%? Ou que o número de reformados que recebe uma pensão entre 500 e 750€ só cresceu 8%?

Porque será, então, que muitos portugueses vivem da caridade ou se vêem obrigados a continuar a trabalhar?

Por outro lado, para explicar quem são os portugueses que beneficiam dessas pensões douradas, Jorge Nobre dos Santos, líder da FESAP (Há quantos anos?) declara: «são grupos profissionais que costumam ter salários mais elevados e que mais descontaram.» Mas será mesmo verdade? Não haverá muitos portugueses a receber reformas douradas sem terem feito descontos significativos? Quantos?

O DN bem podia contribuir para esclarecer estes equívocos em vez de dar voz a quem bem sabe que, se as pensões correspondessem aos descontos efectivamente realizados, a Caixa Geral de Aposentações não teria problemas de tesouraria.

O que hoje se está a passar na CGA é que os maiores contribuintes passaram a ser os mais penalizados.

20.5.11

Nulidade…

Espero que os alunos deste país não tenham assistido ao debate Coelho-Sócrates, pois o resultado da argumentação foi nulo. Estes dois candidatos desrespeitaram as regras e, sobretudo, anulando o moderador, evitaram as perguntas que poderiam ajudar a traçar o perfil de cada um.

Do debate, fiquei, todavia, com uma certeza: nenhum destes candidatos está preparado para tirar o país do beco em que se encontra, pois revelaram-se incapazes de dialogar.

No fundo, está aberto o caminho para soluções musculadas, caso não queiramos soçobrar definitivamente… A ditadura é historicamente uma consequência da falta de entendimento entre os homens.

19.5.11

Falsos profetas!

Harold Camping insiste no fim do mundo a 21 de Maio de 2011, às 18 h, deixando perceber que só os cristãos (mesmo que pecadores) gozarão das delícias do fim.

Nos corredores da Comissão Europeia, há, entretanto, quem veja o senhor José Barroso à frente do Fundo Monetário Internacional.

Nas redacções dos jornais, das televisões, das agências de propaganda e  de apostas antecipa-se o regresso de José Sócrates ao poder.

Céptico como sou, decidi tomar algumas precauções: a primeira é que vou ignorar as profecias, sobretudo quando elas colocam no “santo dos santos” – o povo eleito, o povo português.

Apesar da iconografia não ser expressiva, basta, contudo, pensar no sucesso político, artístico e literário do Quinto Império, citando o profeta mais convincente que alguma vez pisou solo luso – o Padre António Vieira, História do Futuro:

Livro Quinto (Tempo, duração e ordem do dito Império)

Questão 1ª – Se o estado consumado do Quinto Império há-de ser antes ou depois do Anticristo? Resp. que antes.

Questão 2ª – Qual dos dois povos se há-de converter primeiro universalmente, para a consumação do dito Império, se o gentílico, se o judaico? Resp. que o gentílico.

Questão 3ª – Quanta seja a duração do dito Império, depois de consumado? Resp. que até o fim do mundo.

(…) Livro VI (Terra em que se há-de fundar o dito Império em quanto temporal, e qual há-de ser a cabeça dele)

Resp. que há-de ser na Europa, em Espanha, em LISBOA.

Como o fim do mundo não chegou no séc. XVII, designadamente em 1666, os portugueses devem estar atentos aos falsos profetas, pois o referido V Império «espiritual e temporal juntamente» É NOSSO por decisão divina… se a fé cristã não nos falecer!

E para quem ande desatento, o melhor é ler MENSAGEM, onde Fernando Pessoa consagra António Vieira como o verdadeiro profeta – o «imperador da língua portuguesa».

( Discurso bolorento para crentes de oportunidade, preguiçosos incuráveis e palhaços de circunstância que não querem ser; apenas querem ter. )

18.5.11

Bem-aventurados os que acreditam!

Aos 89 anos, o norte-americano Harold Camping prediz que o fim do mundo acontecerá no próximo dia 21. Quem não se converter ao cristianismo até às 18 horas desse dia não terá salvação!
E nós aqui a enunciar 78 mil milhões de razões para afastar José Sócrates!

17.5.11

O aparato esmaga-nos…


A menos de um mês de eleições legislativas decisivas, continua por esclarecer como é que o despesismo na educação poderá ser significativamente reduzido. Nenhum partido propõe aos eleitores um plano concreto de reforma do sistema educativo, adaptando-o às necessidades de um mundo em que a imaginação criativa e produtiva é fundamental.

O centralismo que determina a existência de milhares de burocratas e autocratas desvia os recursos financeiros das famílias e das escolas e, por outro lado, empenha-se em programas de maquilhagem que em nada contribuem para a melhoria do ensino em Portugal. Por exemplo, nenhum partido explica como é que a Parque Escolar pode continuar responsável pela recuperação dos edifícios escolares se o monstro, até ao momento, gerou «kits» vistosos e caríssimos, a breve trecho inabitáveis… Nenhum partido explica por que motivo o ensino em Portugal continua a ser gerido por diversos ministérios, criando sobreposição de estruturas que acabam por servir para «capturar» fundos europeus e, ao mesmo tempo, alimentar falsas competências, legitimando a distribuição de empregos e de cargos no estado e nas parcerias publico-privadas pelos sequazes…

E muitas outras questões continuam por responder: Para que servem os actuais centros de formação de professores? Para que serve o actual modelo de avaliação? Como é possível criar departamentos curriculares e manter em funcionamento grupos disciplinares? Para que serve o alargamento da escolaridade obrigatória sem diversificar as fileiras profissionais? Actualmente,centenas de milhar de jovens passam parte da adolescência em escolas, onde nada aprendem a não ser: - desenvolver comportamentos anti-sociais…

15.5.11

Vitalidade…

Indiferente aos nossos pés, o campo oferece-nos expressões de vitalidade que só podem confundir os nossos sentidos… No entanto, esse deslumbramento só acontecerá se nos deixarmos de pressas e de questiúnculas efémeras e inúteis.

14.5.11

As maias…




Aqui, o país é outro! Aves e insectos entregam-se ao amor, embora vigilantes, não vá o inimigo estragar- lhes a melopeia e a dança... Mesmo os coelhos preferem a imobilidade à fuga precipitada! A figueira, deitada na arriba, esconde a flor… E eu espero que Maio continue assim!

13.5.11

Estendais…



Os estendais estão na moda! Soltam-se os jacarandás pela Almirante Barroso; a poesia prospera enquanto a roupa rechaça o bolor, lembrando-me o tempo em que o Augusto Abelaira  escrevia  BOLOR no Outrora - Monte Carlo – Agora - Zara.
O discurso político continua bolorento, redondo… e tal como Abelaira, creio que o melhor é pôr a roupa ao sol, com ou sem barrela!

11.5.11

Em certas situações…

Quando descemos o rio, corremos o risco de nos deixar embalar.  E em certas situações (no caso, insuficientemente pensadas), a fuga ao bloqueio exige decisões instantâneas e capazes de mobilizar os recursos mais próximos.

Hoje sinto-me grato aos meus colegas do júri da modalidade de texto dramático – VI Concurso Literário da Escola Secundária de Camões –, e, em particular, agradeço ao João Santos todo o apoio que me dispensou.

10.5.11

Torres Novas - mais longe

O que não se vê: um cemitério, um estabelecimento prisional, dois lares e um convento, um hospital defunto, uma escola  de polícia, o Almonda…

Entre margens de clausura, perde-se o rio a caminho do Tejo, vem de perto… sem tempo para se alongar. O mesmo acontece com a cidade, outrora vila! E comigo! Porque aqui nasci, e parti a caminho do Tejo; cada vez mais perto da foz, sinto que mais longe estou, como se em fuga, mas sem linha de água…

(Os dias, entretanto, são de incongruência, capricho, arrufo, equívoco, irresponsabilidade, mentira e, sobretudo, de petulância.)

/MCG

8.5.11

Uma boa ideia!

http://vimeo.com/20887702

O membro do Banco Central da Islândia Gylfi Zoega diz que Portugal deve investigar quem está na origem do elevado endividamento do Estado e dos bancos.

«Temos de ir aos incentivos. Quem ganhou com isto? No meu País eu sei quem puxou os cordelinhos, porque o fizeram e o que fizeram, e Portugal precisa de fazer o mesmo. De analisar porque alguém teve esse incentivo, no Governo e nos bancos, para pedirem tanto emprestado e como se pode solucionar esse problema no futuro.»

Só posso estar de acordo com Gylfi Zoega. Será assim tão difícil encontrar a resposta? O eleitor necessita de conhecer o nome de quem, nas últimos anos, saqueou o estado português, para que possa votar em consciência… Sem essa resposta, mais vale pôr-se ao sol!

7.5.11

Uma extensão ortodoxa…


A Fundação Maria da Conceição e Humberto Horta é uma fundação de solidariedade social, sem fins lucrativos de carácter religioso, criada por iniciativa de Maria da Conceição Mendes Horta e Humberto Rodrigues Lopes Horta, com sede em Casal Garcio Môgo, freguesia de Salvador, concelho de Torres Novas.
A Fundação Maria da Conceição e Humberto Horta, pessoa colectiva de utilidade Pública, com nº 504167936 R.N.P.C., reconhecida por despacho do Ex.mo Senhor Secretário de Estado da Inserção Social, datado de 02 de Junho de 1998, com registo lavrado em 09 de Junho de 1998, pela incrisção nº20/98, a fls.154 e 154 v.º do livro nº5 das Fundações de Solidariedade Social, publicada no Diário da República n.º160 de 14/07/98 III série, com o fim de promover e melhorar a condição de vida dos idosos.
Só hoje acertei com o caminho de terra batida para este “santuário”. Desde os anos 60 que oiço falar da “santa” e respectivos “apóstolos”. Um destes teria destroçado o coração a uma tia. Vá lá saber-se porque é o meu avô, um santo homem, terá embirrado com ele, proibindo o namoro! Mas isso foi antes da “santa” se iniciar nas visões e nos milagres, ali, pertinho da “capelinha das aparições”…
Ao longo dos anos, fui ouvindo, incrédulo, as notícias sobre a charlatanice e os abusos, pensando que morta a “santa”, os “apóstolos” partiriam por esse mundo a semear as graças… Afinal, ali, juntinho à A23, conseguiram criar uma Fundação e uma catedral. Haja Deus!
Percorri a pé, qual peregrino, todo o espaço, e, apenas, enxerguei três almas. Uma freira, no interior da catedral, que parecia rezar pala alma dos patronos, para sempre reunidos naquele abençoado lugar. Ou seria pela minha? Um idoso sentado num banco corrido (do lar?) e um maltrapilho que vivia num casinhoto próximo…   

5.5.11

Auctoritas…

Acrescenta-se a realidade sempre que a forma se torna conteúdo. Hoje, no entanto, Portugal é um país muito mais pobre. Incapaz de potenciar a sua verdadeira massa crítica, o país passa a ser monitorizado pela TROIKA, deixando-nos a ilusão de que ainda somos soberanos, e por isso ainda vamos a votos…

O problema é que os candidatos que se apresentam nada acrescentam à nossa realidade. Falta-lhes autoridade, no sentido mais primitivo do termo. Não passam de réplicas!

(E a autoridade exige pensamento próprio, sentido de responsabilidade e, sobretudo, honestidade!)   

3.5.11

A suspensão…

A suspensão consiste em fazer-nos esperar, até ao fim de uma frase ou de um período, em vez de apresentar de imediato um aspecto que poderá causar-nos uma impressão muito forte – boa ou má…

Ao ouvir José Sócrates, dou comigo às voltas com a retórica… a comunicação alonga-se em acinte, em desforra, como se o mais importante fosse trocar as voltas ao inimigo, e, simultaneamente, tranquilizar os correligionários e os simpatizantes. O discurso bifurca-se, adiando, suspendendo o cerne do «acordo»…

A “suspensão” é um procedimento que, de facto, permite dissimular a realidade ou, pelo menos, torná-la mais leve. José Sócrates revela-se mestre nesta arte, enquanto que a TROIKA nos vai aplicando a extrema unção.

Entretanto, o mestre, feliz, já traçou o plano de retirada!

2.5.11

Resta saber se…

11.09.2001 / 01.05.2011

O mito é o nada que é tudo.” Fernando Pessoa

Muitos vieram do nada e poucos conseguiram abarcar a totalidade. No início do século XXI, alguém, que tinha quase tudo, quis conquistar a parte que pensava faltar-lhe e, para o efeito, planeou eliminar o inimigo, e fê-lo de forma tão ostensiva que, de imediato, teve de passar à clandestinidade… e lá viveu até ontem. Uma parte do mundo imaginava-o anjo das trevas, a outra via-o anjo de luz.

Com a declaração da morte do homem, chega a transfiguração. Resta saber se em pó se em mito!

(De qualquer modo, pela bibliografia disponível, as portas ter-se-ão certamente aberto, e o futuro será cada vez mais incerto. Os festejos não anunciam nada de bom!)

Jean-Charles Brisard, Ben Laden: La Vérité Interdite

Richard Labévière, Les Coulisses de la Terreur

Omar Bem Laden, Oussama Ben Laden, Portrait de Famille

Nasser al-Bahri, Dans l’Ombre de Ben Laden

Jean-Pierre Filiu, La Véritable histoire d’Al Quaida (para adultos)

Mohamed Sifaouie Philippe Bercovici, Ben Laden dévoilé

Elisabeth Combres (ilustração de Diego Aranega), Le Terrorisme (para crianças com mais de 11 anos)*

*Retrata a “Morte anunciada de Oussama Ben Laden” em imagens.

1.5.11

Na Turdetânia…

«Sempre foi uma função nacional pedir. (…) Vinha de longe, talvez dos turdetanos, pelo menos dos tempos em que em Portugal havia apenas fidalgos, frades e mendigos.» Aquilino Ribeiro, Aldeia, 1946

Para Passos Coelho, num país de mendigos, vai ser possível não reduzir nem salários nem funcionários! Extraordinário! Estarão os fidalgos de acordo?

Melhor seria que os políticos explicassem ao país como é que vão honrar os compromissos financeiros do Estado, torneando as medidas que nos vão ser impostas.

Afinal, a campanha eleitoral vai ter como objectivo apurar quem é o maior trafulha da Turdetânia!

Nota: Segundo Estrabão,  os turdetanos, principalmente os que viviam ao longo do rio Baetis, tinham adoptado o modo de vida Romano, e não se lembravam mais da própria língua.