5.3.11

Ai flores!

Por alguma razão que desconheço, não tenho conseguido “postar” comentários aos comentários que vão surgindo em CARUMA.

Por isso esclareço:

A) Os primeiros românticos lutaram no campo de batalha em nome de uma alma colectiva - pugnavam pela liberdade dos povos (das nações). Os filhos esqueceram rapidamente essa herança e sucumbiram às sensações, valorizando o corpo e a preguiça; o luxo e a luxúria…

B) Cresci num país em que boa parte dos seus filhos, nos anos 60 do século passado, se viram obrigados a emigrar para França ou por lá se exilaram para escapar à guerra colonial; num país onde se aprendia a língua, a literatura e a cultura francesa; onde França representava a pátria da liberdade… e, entretanto, venho assistindo à morte desse contacto privilegiado, pré-anunciado pela extinção do latim dos curricula em Maio de 1974… (as flores anglo-saxónicas substituíram os gerânios, os lírios e as violetas, sob o olhar cúmplice dos cravos e das rosas…) E essas flores credoras continuam a arrastar-nos para a descaracterização da língua portuguesa…

C) E quanto aos “enganos” há que perdoar …, pois o objectivo era ver a seriedade de Eça ao abordar o problema do adultério nas classes ricas e improdutivas…      

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