14.4.09

Pensar que não sou sozinho...

Torre de Menagem (séc. XII)
Igrejas da Misericórdia e de S. Tiago (séc. XVI)
Ribeiro Sanches, ilustre estrangeirado (séc. XVIII)

As fotos desaparecidas (de Penamacor) que aqui coloquei são o meu modo de dizer que não é possível construir uma identidade colectiva, prescindindo de um olhar atento sobre o património natural e edificado ao longo de séculos. A memória horizontal é efémera e caprichosa, incapaz de estabelecer nós com o passado. É construída sobre areia movediça.
O sentimento identitário exige a combinação da memória horizontal com a memória vertical. Sem essa articulação deixa de haver solidaridariedade, noção de pertença e a liberdade vira acto gratuito.
O que há de comum nestas fotos é a acção de conquista: do território, da espiritualidade, da solidariedade, do conhecimento ao serviço da humanidade, mesmo que isso signifique sacrifício, perseguição, desterro...
A estrada que vou percorrendo é sinuosa para que, pelo menos, nas curvas possa olhar para o lado e para trás e pensar que não sou sozinho...

1 comentário:

  1. Pois. Mas, pelos vistos, nunca somos/estamos sozinhos. E há verdades que doem:
    "Nós temos duas vozes em nós. Uma diz «ama o teu semelhante porque é teu irmão». Outra diz «esmaga o teu irmão porque ele é teu concorrente...»" (Vergílio Ferreira, entrevistado por Francisco J. Viegas)

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