28.8.08

Um novo ciclo?

Não sei porquê, mas a expectativa de que o ano escolar que se avizinha seja melhor do que o anterior vai diminuindo à medida que os anos decorrem. Os programas deixaram de me entusiasmar, mesmo que defendam alguns valores que me parecem essenciais à vida em sociedade.

E a questão está precisamente no modo como queremos viver: em sociedade ou cada um por si? Os sinais que recebemos são de facilitismo, desrespeito, egoísmo puro e duro, desrespeito pela vida humana.

A escola inicialmente tinha como objectivo ensinar a viver em sociedade ou, no limite, a servir o Estado. Mesmo este último está competamente desacreditado, incapaz de impor a disciplina, submetido aos interesses de indivíduos e grupos sem qualquer escrúpulo.

E são estes indivíduos e estes grupos sem escrúpulos que se tornaram nos novos heróis que a juventude prefere e, sobretudo, imita cada vez mais.

O ciclo parece-se abrir-se, mas já não há novidade, vontade de aprender, como se tudo estivesse ao alcance da mente..., num tempo em que a mão deixou de a completar...

1 comentário:

  1. Ao fim de mais de vinte anos de serviço (uma criança ainda), as surpresas começam a deixar de brilhar. Onde pára (ou para?) o prazer da escola, o gozo de ensinar e de aprender? O cansaço avulta-se mais ainda quando tomamos consciência da fragilidade da vida, esse lado efémero da existência tão cantado por Reis...
    Por que razão hão-de (ou hão de?) as aulas começar no tempo em que as folhas caem das árvores e não na primavera?!
    Se ao menos as férias sossegassem... Regressaremos, porém, com ar de novidade em Dia de Diploma!

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