18.4.08

O mato é um mau exemplo!?

Os exemplos de desonestidade grassam que nem mato. Não há uma notícia que dê conta de um gesto desprendido.

Os argumentos são pouco convincentes, desarticulados, e, no entanto, fazem o seu caminho. Nem na vida nem na morte, escapamos à trapaça.

Já um dia disse que não vale a pena dar exemplos. E sempre que os dou, fico com a sensação de que não sou entendido, porque, de facto, para que eles sejam persuasivos é necessário que mergulhemos no mesmo rio. Um rio que deixámos de ver, cujo cais deixou de ser lugar de encontro.

Sinto, também, que esta preocupação com o entendimento alheio é um luxo narcísico inconsequente.

Que fazer?

Cerremos as persianas e fiquemos a ouvir a chuva que voltou a Abril!

(E do fundo destas antigas muralhas revejo um Tejo que se espreguiça e me leva para paisagens insuspeitas... libertas de exemplos.)

Quem quer explicar por que motivo o "mato" é um mau exemplo?

E que pensar da "notícia", do "gesto", da "morte", do "rio", do "Tejo", das "muralhas" , das "persianas", da "chuva", de "Abril", num texto de quem quer fugir dos (maus e dos bons) exemplos?

 

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