17.6.07

'Jantar camoniano' na ABL

Afinal, sempre tinha razão: a 'portugalidade' foi evocada; a lusofonia nem por isso. Os compadres das Academias do Bacalhau de Lisboa, do Estoril e de Estremoz continuam a ver no "Poeta"o fiador da sobrevivência de Portugal. E sintomaticamente, acrescentaram ao "Luís", o Miguel (Torga), ambos declamados por Vítor de Sousa. E para além dos Poetas, não faltou o Fado, irmanando erudição e tradição.
O longo e concorrido 'jantar camoniano' decorreu numa movida eurotropical, com algumas interrupções para celebrar o protocolo da ABL com a Associação da Força Aérea Portuguesa, que acolheu o evento, e, sobretudo, para homenagear os melhores alunos de Português da Escola Secundária de Camões - Marisa Ferreira e Manuel Pata. Estes foram presenteados com diversos prémios, que receberam alegre e estoicamente, sob o olhar "reitoral" do prof. António Figueiredo, que aproveitou a ocasião para enaltecer a grandeza da instituição camoniana e censurar a pequenez dos decisores políticos que, ao longo dos anos, destruiram as 'fileiras' comercial e industrial...
Nota pessoal: No que me diz respeito, não posso dizer que tenha aproveitado mal o tempo, apesar da dor de cabeça que apanhei. Fiquei com a sensação de que os jovens homenageados gostaram do evento, tal como os pais da Marisa e o pai do Manuel, isto sem falar do ar radiante da professora Isabel Alexandrino. E para mim isso basta. Fiquei, no entanto, sem saber quem são os meus amigos "taveiras" do Camões, mas essa responsabilidade não a posso atribuir à ABL!

2 comentários:

  1. Aguardava esta 'posta' (que raio de nome!) de hoje para dizer de minha opinião quanto ao evento.
    Pelo que se lê, houve agrado, sempre relativo, obviamente, consoante o posicionamento (já que será diferente estando alguém por dentro da tertúlia, ou por fora dela, ainda), mas agrado houve.
    Tardou o arranque, acelerou-se o repasto, arrastou-se o fim, em fado... Mas houve festa. Houve simplicidade. Houve comedimento(mais do que em almoços regulares do 'compadrio'). Houve descontração. Houve distinção. Distinções! Em louvor da Marisa Ferreira e do Manuel Pata. Era deles, afinal, a razão do encontro em formato de jantar.
    Levaram ambos uma recordação de uma etapa, uma lembrança que uma escola lhes proporcionou e que uma associação deliberou concretizar. Por isso estavam contentes, como qualquer um de nós, em idade semelhante, estaria, tão raro é sublinhar desta forma alunos, tão positivamente, quando o normal é realçar os pontos fracos, os insucessos e os desvarios da indisciplina...
    E que o destaque venha assim de fora da Escola, menos frequente é ainda. Por isso, e mesmo que se não descortine a lusofonia e se não esclareçam os traços da portugalidade, vale já a pena lembrar-se a pena de Camões e, em seu nome, homenagear quantos cultivam a sua/nossa língua.
    Basta, neste caso, a bondade descomprometida de uns quantos amantes do bem-fazer (sem olhar a quem).
    O resultado, como viu quem ali esteve, no serão camoniano, deixou contentamento - aos alunos, em primeiro lugar, aos professores deles, à Escola Secundária de Camões (se capaz for de perceber o alcance de um gesto destes), à Academia do Bacalhau de Lisboa, que abriu e fechou o acto.
    Quanto aos «taveiras» do Camões... a decifrar, como um enigma!

    ResponderEliminar
  2. A. Souto said...
    Aguardava esta 'posta' (que raio de nome!) de hoje para dizer de minha opinião quanto ao evento.
    Pelo que se lê, houve agrado, sempre relativo, obviamente, consoante o posicionamento (já que será diferente estando alguém por dentro da tertúlia, ou por fora dela, ainda), mas agrado houve.
    Tardou o arranque, acelerou-se o repasto, arrastou-se o fim, em fado... Mas houve festa. Houve simplicidade. Houve comedimento(mais do que em almoços regulares do 'compadrio'). Houve descontração. Houve distinção. Distinções! Em louvor da Marisa Ferreira e do Manuel Pata. Era deles, afinal, a razão do encontro em formato de jantar.
    Levaram ambos uma recordação de uma etapa, uma lembrança que uma escola lhes proporcionou e que uma associação deliberou concretizar. Por isso estavam contentes, como qualquer um de nós, em idade semelhante, estaria, tão raro é sublinhar desta forma alunos, tão positivamente, quando o normal é realçar os pontos fracos, os insucessos e os desvarios da indisciplina...
    E que o destaque venha assim de fora da Escola, menos frequente é ainda. Por isso, e mesmo que se não descortine a lusofonia e se não esclareçam os traços da portugalidade, vale já a pena lembrar-se a pena de Camões e, em seu nome, homenagear quantos cultivam a sua/nossa língua.
    Basta, neste caso, a bondade descomprometida de uns quantos amantes do bem-fazer (sem olhar a quem).
    O resultado, como viu quem ali esteve, no serão camoniano, deixou contentamento - aos alunos, em primeiro lugar, aos professores deles, à Escola Secundária de Camões (se capaz for de perceber o alcance de um gesto destes), à Academia do Bacalhau de Lisboa, que abriu e fechou o acto.
    Quanto aos «taveiras» do Camões... a decifrar, como um enigma!

    17 Junho, 2007

    ResponderEliminar