26.9.06

Um diálogo absurdo?

( Um diálogo sem tom... ou talvez um pouco arrastado e monocórdico) - Minha Senhora, que horas são? - São três e um quarto? -Muito obrigado. (Pausa de 20 segundos) - Meu senhor, que horas são? - São três e 20. - Muito obrigado. (Para a primeira interlocutora) - No relógio daquele senhor são três e vinte! - Pois é!O meu relógio deve estar um pouco atrasado... - Pois é! Muito obrigado. (Pausa de três minutos) - Minha senhora, que horas são? - São três e 20. - Muito obrigado. Ah, mas no relógio daquele senhor são três e 25! - Pois é. Ainda não acertei o relógio! - É pena! Onde é que estamos? - Na paragem do aeroporto. - Muito obrigado. Há aqui um aeroporto? Pra quê? Vozes espontâneas: - E se fosse apanhar o avião!?
Há cada vez mais perguntas absurdas, perguntas que não procuram uma resposta. Perguntas que, apenas, servem para experimentar o outro - o amigo, o colega, o vizinho, o estranho, sobretudo o estranho ( o sociólogo dirá que a pergunta pode criar uma relação de vizinhança!)... Perguntas estranhas que servem para assegurar que o outro ainda nos vê ou nos ouve. E o outro, polido, lá vai respondendo monotonamente: - São 17:12 horas... Os outros, sem paciência, já há muito que deixaram de ouvir!
E se deixassemos, todos, de fazer perguntas?

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