30.5.06

Homens que nunca tiveram escrúpulos...

«As grandes obras constroem-se no silêncio, e a nossa época é barulhenta, terrivelmente indiscreta. Hoje não se erguem catedrais, constroem-se estádios. Não se fazem teatros, multiplicam-se os cinemas. Não se compõem obras, fazem-se livros. Não se procuram ideias, procuram-se imagens.» Salazar, Extracto de entrevista publicada no Diário de Notícias em 16 de Outubro de 1938.
A multiplicação dos estádios, dos cinemas, dos livros e das imagens provocou a substituição da 'vida interior' pelo vedetismo, pelo voyeurismo, pela bisbilhotice, pela superficialidade. A morte da "alma" tornou-nos sobranceiros, violentos, maledicentes, vesânicos e, sobretudo, fez-nos perder a integridade.
A sobranceria permite-nos hostilizar grupos profissionais, étnicos e religiosos como se a decadência da nação fosse culpa deles e não dos sucessivos carreiristas sem escrúpulos que nos têm governado em nome de Abril.
Era bom que olhassemos sistemicamente para o interior das instituições de modo a separar o trigo do joio. Caso contrário, corremos o risco de sermos apenas um 'campo de joio'.
O joio alastra asfixiando os poucos grãos de trigo que compõem, por entre os escolhos, obras /ideias que, se lidas /ouvidas, bem nos poderiam ajudar neste implacável tempo de sujeição do homem.
E se não aprendermos a ser íntegros, os jovens responder-nos-ão com a violência, como aconteceu com aqueles que eram jovens em 1975 e que hoje nos governam.
Post Scriptum: A citação de Salazar é propositada. Ignorar o passado é hipotecar o futuro.

2 comentários:

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